DNA
- Ultrassonografia
- Análises Clínicas
- Mapeamento Genético
- DNA
- Exames para Concurso
- Toxicológico
- Psicologia
- Nutrição
O teste de paternidade Por DNA é uma metodologia molecular utilizada para determinar se dois indivíduos possuem vínculo biológico ou não, comparando as sequências de DNA entre eles. Pode ser utilizado como prova legal para reivindicações de herança, direitos paternos, benefícios sociais e outras circunstâncias que necessitam de uma prova de parentesco
Um marcador genético é qualquer variação na sequência do DNA de um ser vivo que o diferencie de outro indivíduo - ou grupo de indivíduos - ou que permita a identificação de uma característica específica inerente a ele. Podem ser utilizados com diversas aplicabilidades, como a caracterização de doenças genéticas e novos medicamentos, e também para a identificação de indivíduos, com grande utilidade para a genética forense e testes de paternidade.
A matéria-prima da variabilidade genética é a ocorrência de mutações. Estas, ao se perpetuarem com frequência acima de 1% na população, passam a ser reconhecidas como polimorfismos genéticos. Alguns polimorfismos podem ser utilizados como marcadores e os STR (short tandem repeat), ou microssatélites, são os mais comumente aplicados em testes de paternidade por DNA.[1]
Os STR são formados por pequenos motivos (de 1 a 8 nucleotídeos) repetidos sequencialmente e são encontrados em regiões não codificantes por todo o genoma. Estes marcadores apresentam alta variabilidade, determinada tanto pelo motivo a ser repetido quanto pela quantidade de vezes em que aparece.
Desta forma, como cada indivíduo recebe um alelo do pai e o outro da mãe, a comparação entre loci hipervariáveis da pessoa analisada com os do suposto pai e confirmados com os herdados da mãe, é uma forma altamente discriminatória de determinar se há vínculo genético entre eles ou não.
Centenas de loci STR já foram identificados e, atualmente, utilizam-se sistemas comerciais formados por conjuntos de marcadores (CODIS, NGM, IDENTIFILER, entre outros) específicos para identificação humana que apresentam um alto grau de certeza.
Para alcançar um resultado confiável, é necessário realizar uma análise estatística. O índice de paternidade (IP) resume a informação fornecida pelo exame. Nesse índice, é calculada a probabilidade do suposto pai ser o pai biológico da criança, contra a probabilidade de qualquer outro indivíduo ser o pai. Para tal, considera-se que, em uma população em equilíbrio de Hardy-Weinberg, a probabilidade de que um homem qualquer transmita um alelo específico para a criança em questão é igual à frequência deste alelo na população.[1]
O cálculo do IP deve ser realizado para cada um dos loci utilizados individualmente. O produto dos IPs estudados irá gerar o Índice de Paternidade Cumulativo (IPC). O IPC indica se a hipótese de que o suposto pai é o pai biológico está mais próxima de ser verdade do que a hipótese de que qualquer outro homem o seja.[1]
Como é desejado que esse suposto pai possua todos os marcadores, o resultado do cálculo combinado é colocado em uma fórmula para calcular a probabilidade dessa paternidade. A probabilidade de paternidade (PP) indica o quanto o teste será confiável. Essa análise é baseada no Teorema de Bayes, utilizando cálculo de probabilidade a posteriori, e baseada nos perfis alélicos observados para a mãe, para a criança e para o suposto pai.
Teste de paternidade com suposto pai falecido
Os testes de paternidade também podem ser realizados quando o suposto pai é falecido, neste caso, analisa-se o material genético de seus parentes próximos como pais, irmãos e outros filhos legítimos visando reconstruir o perfil genético do suposto pai. Porém, este processo pode sofrer limitações por escassez de indivíduos para análise, ocasionada tanto por falecimento, por ausência no país ou ainda por estes não desejarem fazer o teste. Caso não existam parentes próximos suficientes ou ainda se os testes com estes não obtiverem probabilidades aceitáveis de paternidade, torna-se necessário a exumação do corpo do suposto pai.
O material genético está presente em todas as células do nosso corpo, podendo ser extraído do sangue, sêmen, saliva, pelos, cabelos, pele, urina, secreções nasais e restos humanos. Em indivíduos falecidos há poucos dias, pode-se extrair material dos bulbos capilares ou do sangue conseguido através da pulsão das veias ou do próprio coração. Se o falecimento ocorreu em menos de quatro semanas, o material pode ser extraído do músculo esquelético. Se o tempo de falecimento for maior do que quatro semanas, o material analisado deve ser dos ossos (fêmur) ou dos dentes (molares e pré-molares), estes últimos são os melhores no caso de morte por fogo, pois a raiz dentária fica protegida pela estrutura do dente.[4]
Os STRs do cromossomo Y também são bastante utilizados em identificação humana por DNA, pois têm características especiais que os tornam muito importantes, principalmente na investigação de paternidade. Por não haver recombinação durante a meiose, devido à falta de cromossomos homólogos, todos os membros do sexo masculino de uma mesma família possuem os mesmos alelos, que são herdados em blocos; a esse tipo de herança chamamos de herança haplotípica, e ao conjunto de alelos, chamamos haplótipos. Dessa forma, os STRs do cromossomo Y de um filho (do sexo masculino) será sempre igual à de seu pai, avô e tios.